Aumento da Selic pode afetar as cooperativas de crédito em todo Brasil

Especialistas destacam impactos da alta para a economia, cooperativas e consumidores em cenário de incertezas globais

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil decidiu em sua última reunião, elevar a taxa Selic de 12,25% para 13,25% ao ano. Com o aumento de 1 ponto percentual, o Banco Central adota uma dose mais forte para combater a inflação e estabilizar a economia brasileira, em meio a um cenário de incertezas globais e a variação do dólar. Especialistas da Cooperemb explicam a importância da taxa Selic e qual o impacto no mercado de cooperativas. 

Segundo a consultora financeira pessoal e comportamental da Cooperemb, Daniela Godinho, a decisão do Copom de aumentar a Selic é uma resposta necessária à alta da inflação e ao enfraquecimento do real. “A taxa Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira, servindo como referência para outras taxas de juros do país, como as de empréstimos, financiamentos e investimentos. Determinada pelo Copom, a Selic é o principal instrumento utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação. Quando a inflação está alta, o Copom eleva a Selic para desacelerar o consumo, ajudando a reduzir a pressão sobre os preços. Os principais fatores que influenciam essa decisão são, sem dúvida, o controle da inflação e a necessidade de estabilizar a economia”, explica. 

De acordo com a especialista, o aumento da Selic tem impactos diretos e imediatos na vida dos consumidores. "A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira, e sua elevação impacta diretamente o custo do crédito. Quando a taxa sobe, os juros sobre financiamentos, empréstimos e até mesmo cartões de crédito também aumentam, tornando o acesso ao crédito mais caro. Isso acaba reduzindo o consumo e levando as famílias a repensarem seus gastos", explica Daniela. 

Além disso, ela destaca que a alta da Selic também traz benefícios para investidores. "Os investimentos atrelados à Selic, como o Tesouro Selic, se tornam mais rentáveis, o que pode ser uma boa notícia para quem aplica em títulos públicos. O aumento da Selic torna esses investimentos mais atrativos, já que eles passam a ter rendimentos mais elevados", afirma.

Porém, a elevação da Selic não afeta apenas o mercado de consumo. As cooperativas de crédito, especialmente as brasileiras, também são impactadas, tanto positiva quanto negativamente. Carlos Barbosa, diretor de negócios da Cooperemb, explica que, embora a alta da Selic traga desafios para o setor, ela também abre uma janela de oportunidades. “O aumento da Selic gera um impacto imediato no custo do crédito. Para as cooperativas, o financiamento se torna mais caro, mas temos a vantagem de continuar oferecendo taxas mais justas que os bancos. Isso faz com que muitas pessoas busquem as cooperativas para renegociar suas dívidas ou contratar novos empréstimos”, afirma o especialista.

Além disso, ele destaca que o cenário atual pode favorecer o fortalecimento das cooperativas como um todo. “Esse momento de juros mais altos também é uma grande oportunidade para o pilar de educação financeira, que é fundamental para as cooperativas. Na Cooperemb, por exemplo, temos a cota-capital que remunera os recursos dos associados em até 100% da Selic. Também temos o CooperInvest, com rendimento diário a partir de 100% do CDI. Isso torna os produtos da cooperativa ainda mais atraentes para os associados, especialmente em tempos de juros elevados”, explica o diretor de negócios. 

Para as cooperativas de crédito, o aumento da Selic pode ser um impulso para a atração de novos investidores e para o fortalecimento da base financeira. Ao mesmo tempo, as cooperativas precisam manter sua estratégia de oferecer soluções financeiras mais acessíveis e educar os associados sobre como se beneficiar dessa conjuntura econômica.

“Em tempos de juros mais altos, o papel da cooperativa é mostrar aos seus associados como aproveitar melhor as taxas, seja para investimentos ou para o planejamento financeiro. Isso é um reflexo da missão das cooperativas, que não buscam lucro a todo custo, mas sim a promoção do bem-estar financeiro dos seus associados”, comenta Carlos Barbosa.  

COOPEREMB 

A Cooperemb oferece uma ampla gama de serviços, incluindo conta corrente, aplicações financeiras, cartão de crédito, empréstimos e financiamentos, sempre com um atendimento humanizado. A sede da Cooperemb está localizada no bairro Jardim Souto, em São José dos Campos e o horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 9 às 17 horas. Para mais informações sobre produtos ou serviços entre em contato pelo telefone: (12) 2012-2200 ou acesse o site: www.cooperemb.com.br