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Hard e soft skills: conheça o novo conceito de competências para se destacar no mercado de trabalho

Além de analisar critérios técnicos, empresas passam a avaliar também os aspectos e as características comportamentais de candidatos


Cada vez mais os processos seletivos para o mercado de trabalho em todo o país estão focados na busca por profissionais que apresentam equilíbrio entre o conhecimento e formação técnica com as habilidades e aspectos comportamentais, que vão ao encontro com a cultura implementada pela empresa.


Essa busca pelo equilíbrio entre o conhecimento técnico e as características pessoais do profissional está incorporada nas políticas desenvolvidas pelas empresas, que visam hoje despertar a alta performance de seus colaboradores. As chamadas soft e hard skills acabam sendo fatores de maiores relevâncias nos processos seletivos e entrosamento com a cultura das empresas.

Nunca se falou tanto sobre a importância dos aspectos e características emocionais do profissional nesse novo século. Mas quais são os desafios encontrados pelas médias e grandes empresas na busca pelo profissional que tem conseguido equilibrar esses dois pontos em sua jornada?

Quem ajuda a entender um pouco mais sobre o assunto é a mentora de carreira e liderança da POP RH, Carol Ribeiro Guerra. Ela explicou que existe um gap no mercado, com grande quantidade de bons profissionais que estão em busca de oportunidades, mas que não se encaixam na lista de hard e soft skills requisitadas pelas empresas para uma vaga.


“O principal desafio é calibrar a expectativa do gestor quanto aos profissionais que serão atraídos no processo de seleção. O candidato ideal para uma vaga está longe de ser o candidato perfeito. Ele sempre precisará ser desenvolvido e treinado para trazer resultados esperados. O importante é que a empresa saiba definir com pesos de priorização, quais as skills mais importantes para a função em aberto e quais delas podem ser desenvolvidas após a integração”, disse.


Com o passar dos anos, as empresas perceberam que contratar apenas olhando a parte técnica dos candidatos pode ser muito arriscado. No dia a dia do labore, os aspectos comportamentais, também chamados de soft skills, acabam sendo o fator de maior relevância no envolvimento com a empresa.


“É muito comum dizermos que as empregadoras contratam pela parte técnica e que desligam pelo comportamento, porque realmente é o que acontece na maioria dos casos. Nem todas apresentam essa visão, ainda. Mas as que sentiram no bolso de forma mais recorrente, com certeza já passaram a analisar a parte comportamental nos processos de seleção, mesmo que ainda de forma amadora, sem o auxílio de um profissional da área”, explicou.


É por isso, segundo ela, que contratar um perfil fora do escopo pode trazer problemas como retrabalho nos processos, rotatividade alta e consequentemente alto custo com contratações e demissões, desmotivação dos colaboradores, enfraquecimento da marca empregadora, problemas com qualidade e altos custos com treinamentos sem retorno em resultados. “Em contrapartida, contratar pensando no equilíbrio entre soft e hard skills, traz benefícios para empresa como, por exemplo, o aumento da qualidade dos processos internos, entrosamento entre equipes e formação de times mais fortes e mapeamento de plano de sucessão e pipeline de liderança, entre outros”, afirmou Carol.

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