
Organizações com 30% de mulheres como líderes têm 12 vezes mais chance de ter um bom desempenho financeiro
A inclusão de mulheres em cargos de liderança pode trazer inúmeros benefícios financeiros para empresa e para o país. De acordo com o levantamento publicado pelo The Ready-Now Leaders da Ong Conference Board, as organizações com pelo menos 30% de mulheres em cargos de líderes têm 12 vezes mais chance de estar entre as 20% melhores em desempenho financeiro.
Os números são positivos também para a população mundial. O relatório ‘Women in Business and Management’ divulgado pela OIT (Organização Internacional do Trabalho), mostra que a participação feminina no mercado e na liderança pode influenciar também no aumento do PIB.
O estudo mostra que se países como Alemanha, Austrália, Estados Unidos, Itália e Portugal tivessem a mesma participação de mulheres no mercado do que a Suécia, cuja participação é de 80%, o PIB aumentaria em mais de 6 trilhões de dólares.
Segundo o Fórum Econômico Mundial, se a diferença de gênero em nível mundial fosse reduzida em 25%, seria acrescentado 5,3 trilhões de dólares ao PIB.
A notícia boa para o mercado brasileiro é que a presença feminina no mundo empresarial está cada vez mais alta. Uma pesquisa realizada pelo Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa), em 2023, mostra que a participação de mulheres tanto nas presidências de empresas quanto em outras posições de alta liderança no país saltou de 13% para 17% entre 2019 e 2022.
A especialista em Recursos Humanos da POP RH, Ana Carolina Guerra, explica que esses estudos reforçam que a promoção de um funcionário em um cargo de líder e um bom resultado disso, diz respeito a capacidade técnica do profissional e não do gênero.
“Há uma diferença muito grande entre ser um chefe e um líder. O chefe é responsável por gerir uma equipe, já o líder sabe como liderar pessoas de uma forma eficiente e saudável, que gere resultados. O aumento da liderança feminina no mercado e os seus ótimos resultados só reforça que essas funcionárias se destacam pela técnica, pelo comportamento profissional e não pelo gênero”, ponderou.
EXEMPLO DE LÍDERES
Bianca Uehara Trava trabalha há nove anos na CVD Vale Diamantes e atualmente exerce o cargo de Diretora de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação. Para ela, um dos pilares primordiais de liderança é a sensatez e resiliência.
“A liderança me desafia diariamente a buscar trabalhar com sensatez e sensibilidade levando em consideração a individualidade de cada um, potencializando a equipe associada à missão da empresa. A resiliência com otimismo, observando a mim mesma para manter constância, coerência sem discurso vitimista e a humildade para estar em constante busca de sabedoria”, comentou.
Outra grande líder é a advogada, mestre, professora, palestrante e empresária, Amanda Caputo. Ela ressalta que a função de líder não é apenas guiar uma equipe, mas ser exemplo de integridade, ética e habilidades jurídicas.
“Ser líder para mim envolve tomar decisões difíceis diariamente, motivar e inspirar os outros enquanto me mantenho atualizada com as mudanças constantes no mundo do direito. É uma mistura
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