Efeitos são inúmeros, causando até mesmo infarto e AVC
A cada ano, durante as festividades e blocos de carnaval, as novidades só aumentam. Neste ano, viralizou nas redes o sacolé turbinado, uma mistura de sorvete disponibilizada em pequenos sacos plásticos, acompanhado de uma "bala", nome popularmente utilizado para o MDMA, abreviação de metilenodioximetanfetamina, ou ecstasy, uma droga que faz parte do grupo dos sintéticos, não podendo ser obtida naturalmente e com efeitos de euforia, elevação da temperatura corporal e aumento da sensibilidade física, levando até mesmo ao infarto e ao AVC. Seu uso é frequente com bebidas alcoólicas, o que impulsiona e agrava seus efeitos.
Para entender melhor o impacto e o perigo da mistura dessas substâncias durante as festividades de carnaval, Alfredo das Neves Magalhães Fernandes, neurologista (CRM: 135506), da Ativia Saúde, comenta: "O cérebro, com a ingestão alcoólica ao passar dos anos, envelhece precocemente e tende a atrofiar, pois há uma carência de algumas vitaminas fundamentais para o bom funcionamento do cérebro, como as vitaminas B1, B3, B6 e, a principal delas, a vitamina B12."
Outras consequências devido ao alto consumo de bebidas alcoólicas são os quadros de enxaqueca, que podem ser provocados devido a substâncias presentes no álcool, como histamina, tiramina e sulfitos, além da privação de sono, que também facilitam as crises, sendo frequentes durante o verão. Seu alto volume se deve à desidratação, que influencia o equilíbrio de entrada e saída de sódio e potássio do corpo, causando desordem ao metabolismo e, consequentemente, a cefaleia.
"A sugestão é que, durante o consumo de álcool, também haja o consumo de uma grande quantidade de água para garantir que a desidratação não seja extrema", destaca o neurologista.
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