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Brasil registra diariamente 96 mortes no trânsito; Dia Mundial lembra vítimas e reforça urgência de prevenção

  • Foto do escritor: Michelle Monteiro
    Michelle Monteiro
  • 11 de nov.
  • 3 min de leitura

Apenas em 2023 foram registradas quase 35 mil mortes no trânsito; especialista do CEPA Mobility alerta para a urgência de uma cultura de direção mais segura e gestão de risco nas empresas


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O Dia Mundial em Memória às Vítimas de Trânsito, celebrado em 17 de novembro, traz novamente à tona um dado preocupante: o Brasil registrou 34.881 mortes no trânsito em 2023, um aumento de 2,9% em relação a 2022, segundo o Atlas da Violência. São 96 vidas perdidas por dia. E a tendência de alta também se repete em São Paulo, onde o primeiro trimestre de 2025 foi o mais letal dos últimos dez anos, com 1.416 mortes.

 

No interior paulista, o Vale do Paraíba teve 377 vítimas fatais em 2024, crescimento de 8,6% em relação ao ano anterior. Em São José dos Campos, foram 82 mortes.

 

A data reforça a importância de políticas e ações de prevenção, especialmente no ambiente corporativo e logístico, onde a gestão de riscos e o treinamento de condutores podem salvar vidas. O CEPA Mobility, Centro de Prevenção de Acidentes, especializado em programas de gestão de frotas e segurança viária, destaca que o comportamento do motorista e o uso de dados para prevenção são fatores decisivos para reverter o cenário.

 

Para Diogo Figueiredo, gerente de Capacitação e Treinamentos do CEPA Mobility Brasil, o aumento nas estatísticas não significa necessariamente mais colisões, mas acidentes mais graves. “Depois da pandemia, a malha de deslocamentos mudou. Cresceu a exposição de motociclistas, impulsionada por entregas e trajetos curtos, e a combinação de velocidades mais altas, tráfego mais denso e comportamentos de risco, como o uso do celular e ultrapassagens forçadas, aumentou a severidade dos sinistros”, explica.

 

Segundo o especialista, o problema não está apenas no volume de tráfego, mas na falta de gestão de velocidade, proteção aos usuários vulneráveis e fiscalização inteligente. “No Vale do Paraíba, corredores de alto fluxo como a Dutra amplificam o risco para quem está de moto. É preciso investir em políticas de velocidade por trecho, engenharia viária mais segura e treinamento contínuo de condutores”, completa.

 

Os motociclistas seguem como as principais vítimas. “Eles têm alta exposição e baixa proteção. Qualquer erro, próprio ou de terceiros, vira impacto direto no corpo. Somam-se pressão por entrega e tempo, fadiga, aderência precária (chuva, óleo, piso polido), manutenção insuficiente (pneu, freio, corrente) e condutas de risco (excesso de velocidade, viseira aberta, celular, capacete mal afivelado). Para reduzir as mortes, é preciso atacar várias frentes ao mesmo tempo: fiscalização, infraestrutura, manutenção, EPI adequado e treinamento prático recorrente”, afirma.

 

GESTÃO CORPORATIVA E MUDANÇA DE COMPORTAMENTO

 

No ambiente corporativo, Figueiredo reforça que a gestão de frotas e a capacitação de condutores são ferramentas decisivas para transformar o trânsito. “Gestão de frotas salva vidas quando transforma dados em ferramentas para consolidar comportamentos seguros no dia a dia. Isso começa com política clara: zero álcool, zero celular, respeito à velocidade, ao cinto ou capacete e à jornada. E se mantém com telemetria bem usada, limites por trecho com geofences, alertas calibrados para os riscos fatais, análise mensal por perfis de risco e coaching individual, além de treinamento contínuo e manutenção preventiva disciplinada”, detalha.

 

Ele explica que o uso estratégico de tecnologia e indicadores permite identificar riscos e corrigir padrões antes que eles se tornem tragédias. “Quando política, tecnologia, manutenção e treinamento caminham juntos e a liderança sustenta a rotina, a severidade cai, a frequência reduz e o número de vítimas despenca.”

 

Para o especialista, a transformação necessária é, acima de tudo, comportamental. “A virada que precisamos é tratar a velocidade como variável de risco, dirigir sem celular, planejar tempo e rotas para não ‘pagar’ com imprudência o que faltou de organização. É substituir o ‘eu dou conta’ pelo ‘eu cuido de mim e dos outros’. Menos impulsividade, mais previsibilidade e empatia. Quando essa disciplina vira rotina, o trânsito fica de fato mais humano e seguro”, conclui.

 

CEPA MOBILITY


Com mais de 30 anos de experiência em evitar acidentes, salvar vidas e reduzir custos, o CEPA Mobility é referência e líder nas Américas em soluções de Segurança e Eficiência Operacional no Trânsito e Transporte. Fundada em 1987 no Uruguai, a empresa oferece soluções integradas de capacitação, consultoria e gestão de dados para frotas de veículos leves, pesados, utilitários, empilhadeiras, ônibus, vans e transporte de cargas perigosas. Seus programas atendem empresas nacionais e multinacionais de diversos setores e portes, com atuação consolidada em cinco continentes.O CEPA está habilitado a emitir o certificado GDC (Global Standards Certification), reconhecido mundialmente pela excelência na formação e qualificação de profissionais de mobilidade. Para mais informações, entre em contato pelo telefone (12) 98842-1491 ou acesse www.cepamobility.com.br.

 
 
 

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