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Endividamento das famílias brasileiras sobe pelo quinto mês seguido e atinge 78,4% em junho

  • Foto do escritor: Michelle Monteiro
    Michelle Monteiro
  • 12 de ago.
  • 3 min de leitura

Pesquisa da CNC aponta alta no endividamento, com estabilidade na inadimplência; especialista da WFlow alerta para os riscos nas finanças diante das próximas datas comemorativas

 

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O endividamento das famílias brasileiras voltou a crescer em junho, atingindo 78,4%, contra 78,2% registrados em maio. Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), este foi o quinto mês consecutivo de alta. A pesquisa considera como dívidas as contas a vencer nos carnês de loja, cartão de crédito, cheque especial, cheque pré-datado, crédito consignado, empréstimo pessoal e financiamentos de veículos e imóveis.

 

Apesar do aumento do endividamento, a inadimplência se manteve estável, com 29,5% das famílias com contas em atraso – o mesmo patamar de maio. A proporção de pessoas que afirmaram não ter condições de pagar dívidas vencidas também permaneceu em 12,5%. Já o tempo médio de atraso caiu de 64,3 para 64,1 dias.

 

A pesquisa mostrou ainda que houve uma redução no comprometimento da renda: a fatia de famílias que destina mais da metade dos ganhos ao pagamento de dívidas recuou para 19,2%, fazendo a média do orçamento dedicada a esse fim cair para 29,6%.

 

A alta recente, segundo a Peic, foi impulsionada principalmente pelas famílias de classe média baixa. Nas famílias com até três salários mínimos, houve avanço no endividamento, de 81,0% para 81,1%, entre maio e junho. Entre aquelas com renda mensal de três a cinco salários mínimos, a proporção de endividados passou de 80,3% para 80,9%. Já entre as faixas de renda mais altas, o indicador recuou: de cinco a dez salários mínimos, redução de 78,9% para 78,7%; acima de dez salários mínimos, de 67,6% para 67,5%.

 

Para Wagner Palma, assessor de investimentos da WFlow, o movimento é um reflexo da combinação entre conjuntura econômica e comportamento de consumo. “Com a queda do desemprego, as famílias se animam a comprar e financiar seus sonhos via endividamento, tendo a segurança de que poderão arcar com as prestações”, afirma.

  

Mesmo com os juros elevados, o parcelamento continua a liderar o endividamento. “A contratação de crédito é uma variável da renda e do poder de compra. Uma vez alcançado este patamar, em torno de 30% da renda, naturalmente o acesso ao crédito se contrai, diminuem as vendas parceladas e a economia passa por um arrefecimento. Cabe lembrar que economia aquecida gera inflação, e o oposto também é verdadeiro”, explica Palma.

 

RISCO NAS FINANÇAS

A tendência, segundo especialistas, é que o número de endividados cresça ainda mais com a chegada de datas como Dia das Crianças, Black Friday e Natal, que podem intensificar a pressão sobre o consumo e elevar o risco para famílias que já estão com a renda comprometida. 

 

“Quem destina mais de 20% dos ganhos mensais para dívidas ou utiliza intensamente o cartão de crédito pode estar próximo de um colapso das finanças pessoais. Resistir aos apelos de consumo e ter sobriedade nas decisões de compra é essencial para evitar situações críticas”, orienta o especialista da WFlow.

 

WFLOW

A WFlow atua nos segmentos de Alta Renda, Private e Pessoa Jurídica. O grupo possui dois prêmios de melhor assessor de investimentos, além dos selos de eficiência em renda fixa, renda variável e satisfação de atendimento (NPS).  A empresa possui filiais em São Paulo, Jundiaí, Piracicaba, Belo Horizonte, São José do Rio Preto e Primavera do Leste. Para saber mais informações, entre em contato com a WFlow pelo telefone (11) 3044-1199 ou acesse o site: www.wflowinvest.com.br/.  

 
 
 

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