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Estudo aponta aumento de até 400% no risco de acidentes ao usar o celular durante a direção

  • Foto do escritor: Michelle Monteiro
    Michelle Monteiro
  • há 6 dias
  • 3 min de leitura

Especialista alerta que segundos de distração podem ser fatais no trânsito

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Mesmo uma rápida “olhadinha” no celular pode ser suficiente para transformar um trajeto comum em uma tragédia. Um estudo do Departamento de Trânsito e Segurança nas Estradas dos Estados Unidos (NHTSA) revelou que o uso de dispositivos móveis ao volante aumenta em até 400% o risco de acidentes.

Dirigir com segurança requer o funcionamento adequado de três funções essenciais. A primeira é a cognitiva, responsável pela atenção, concentração e raciocínio. A segunda é a motora, que garante respostas rápidas e precisas. Já a terceira é a sensorial, que envolve a visão, audição e percepção tátil. Quando o motorista se distrai, especialmente ao usar o celular, qualquer uma dessas funções pode ser comprometida, aumentando significativamente o risco de acidentes.

A presença do celular, ainda que apenas no suporte do painel, pode comprometer esse equilíbrio. De acordo com Diogo Figueiredo, gerente de segurança viária pleno e especialista em treinamento de condutores do CEPA Mobility, o problema não está apenas em tirar os olhos da via, mas em desviar a mente. “Bastam três segundos de distração para percorrer mais de 80 metros sem controle real da situação. Em um ambiente dinâmico como o trânsito, esse intervalo é mais do que suficiente para não perceber um obstáculo, um pedestre ou um ciclista”, alerta.

Figueiredo explica que o risco está presente em várias ações: ler uma mensagem, ouvir um áudio ou gravar uma resposta. “A leitura exige visão e interpretação. Se isso acontece perto de um cruzamento, o condutor pode simplesmente não ver um veículo se aproximando pela lateral. Já ao enviar um áudio, ele retira uma das mãos do volante e compromete os reflexos”, exemplifica. Segundo ele, até o simples ato de escutar uma mensagem pode ser perigoso. “O motorista parece atento, mas cognitivamente está em outro lugar. É a chamada distração cognitiva, uma das principais causas de acidentes atualmente.”

E mesmo tecnologias tidas como “seguras”, como viva-voz ou Bluetooth, não garantem a plena atenção. “O problema não é só físico, mas mental. Mesmo com as mãos no volante, o cérebro está dividido entre a conversa e a percepção do trânsito”, diz o especialista. Por isso, o Centro de Educação para o Trânsito e Mobilidade (CEPA), onde Figueiredo atua, recomenda o não uso do celular durante a condução em nenhuma forma — nem mesmo para atender chamadas via viva-voz.

 

Quanto ao GPS, a recomendação é que seu uso seja planejado antes de iniciar o trajeto. “O ideal é configurar a rota com o veículo parado, usar o suporte adequado e dar preferência às instruções por áudio. Se for necessário mudar o destino, a parada em local seguro é obrigatória — inclusive no caso de estar parado no semáforo, onde o manuseio do celular também é proibido por lei”, pontua Diogo.

 

No ambiente corporativo, a postura do CEPA é ainda mais rígida. Para empresas e motoristas profissionais, a orientação é tratar o celular como fator de risco, e não como ferramenta. “Defendemos a proibição do uso durante a condução, com regras claras na política de frota e planejamento das comunicações antes do início das rotas. Também incentivamos paradas programadas para o uso do telefone e treinamentos regulares com foco em atenção plena”, detalha.

 

Esses treinamentos, segundo ele, incluem estudos de caso, vídeos impactantes e dados reais que mostram como segundos de distração podem resultar em consequências graves — muitas vezes irreversíveis. “A segurança no trânsito começa na atitude. Evitar o uso do celular ao volante é um dos atos mais simples e eficazes para preservar vidas”, finaliza Figueiredo.

 

CEPA MOBILITY

Com mais de 30 anos de experiência em evitar acidentes, salvar vidas e reduzir custos, o CEPA Mobility é referência e líder nas Américas em soluções de Segurança e Eficiência Operacional no Trânsito e Transporte. Fundada em 1987 no Uruguai, a empresa oferece soluções integradas de capacitação, consultoria e gestão de dados para frotas de veículos leves, pesados, utilitários, empilhadeiras, ônibus, vans e transporte de cargas perigosas. Seus programas atendem empresas nacionais e multinacionais de diversos setores e portes, com atuação consolidada em cinco continentes. O CEPA está habilitado a emitir o certificado GDC (Global Standards Certification), reconhecido mundialmente pela excelência na formação e qualificação de profissionais de mobilidade. Para mais informações, entre em contato pelo telefone (12) 98842-1491 ou acesse www.cepamobility.com.br.

 
 
 

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