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Inteligência e integração serão decisivas para a rentabilidade do e-commerce no fim de ano de 2025

  • Foto do escritor: Michelle Monteiro
    Michelle Monteiro
  • há 14 horas
  • 3 min de leitura

Com alta prevista de mais de 40% e movimentação recorde no Natal, especialistas apontam que eficiência operacional e uso de dados serão diferenciais para lucrar em meio à forte concorrência


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O e-commerce brasileiro caminha para encerrar 2025 com um faturamento de US$ 418,8 bilhões, segundo levantamento da Nuvei. Apenas no Natal, as vendas online devem movimentar R$ 26 bilhões, consolidando o comércio digital como um dos principais motores da economia no fim do ano. O desafio, porém, vai além do volume de pedidos: garantir rentabilidade e eficiência operacional em meio à alta competitividade.


De acordo com Bruno Kerber, cofundador da Lexos, investidor e mentor de startups, o sucesso nesse período depende menos de promoções agressivas e mais de uma gestão integrada e inteligente.


“O erro mais comum é confundir volume com rentabilidade. Quem não integra corretamente estoque, pedidos e precificação entre canais acaba perdendo dinheiro em fretes, multas e rupturas. A tecnologia será o fator que separa o crescimento sustentável do crescimento caótico”, afirma Kerber.


Com o consumidor cada vez mais racional e guiado por conveniência, o fim de ano de 2025 promete ser marcado pela integração entre canais, personalização de ofertas e logística eficiente. Plataformas como TikTok Shop e Instagram Checkout devem impulsionar o social commerce, aproximando marcas e criadores e encurtando o caminho entre o conteúdo e a compra.


“O cliente pesquisa no Instagram, compara no Google, compra no marketplace e retira na loja. Sem sistemas conectados, essa jornada se torna um labirinto — e a venda se perde no meio do caminho”, explica Kerber.

 

Um estudo da McKinsey mostra que empresas que aplicam estratégias de personalização de forma madura geram 40% mais receita do que as que não o fazem. “Personalizar com base em dados transacionais e comportamentais é transformar cada clique em insight comercial. Isso melhora conversão, ticket médio e fidelização”, completa o especialista.


O uso de Inteligência Artificial e Business Intelligence já se tornou indispensável para quem busca operar com margem. Modelos preditivos de estoque, algoritmos de precificação dinâmica e chatbots baseados em histórico de compra ajudam a reduzir custos e elevar o nível de serviço.


“A IA funciona como um gerente operacional invisível. Corrige desvios antes que virem prejuízo, ajusta preços automaticamente e libera o time humano para pensar em estratégia”, diz Kerber.


Outro ponto crítico é o gerenciamento multicanal. Operar e-commerce e marketplaces de forma isolada, segundo o especialista, é um dos principais riscos da alta temporada. “A centralização via hubs de integração e painéis unificados garante controle do ciclo do pedido, da compra ao pós-venda. Isso permite reagir a picos de demanda com base em dados, não em improviso”, reforça.


Kerber também destaca que a preparação para o fim de ano deve começar cedo — ainda no primeiro semestre. “A revisão das integrações, o planejamento de estoque e o uso de automações de mídia devem ser definidos com antecedência. Quem deixar para ajustar em outubro já estará atrasado. A eficiência começa antes da venda”, afirma.


Mais do que o volume de pedidos, Kerber avalia que o verdadeiro legado da alta temporada está nos dados gerados. “É a partir dessas informações que o seller identifica produtos mais rentáveis, ajusta campanhas e constrói fidelização para o primeiro trimestre de 2026”, conclui.


BRUNO KERBER


Com mais de 15 anos de experiência em tecnologia, e-commerce e crescimento de negócios digitais, Bruno Kerber é conselheiro estratégico (advisor), investidor e mentor de startups. Fundador da Lexos (vendida para a TOTVS em 2023), ele atua, atualmente, apoiando empreendedores nas áreas de estratégia, inovação, crescimento acelerado (growth), captação, marketing e M&A (Mergers and Aquisitions – Fusões e Aquisições). Com visão prática e foco em resultados, seu trabalho contribui para a construção de negócios escaláveis e líderes em seus mercados.



 
 
 

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