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Quando o cansaço assume o volante: 60% das situações de perigo em rodovias têm motoristas fadigados

  • Foto do escritor: Michelle Monteiro
    Michelle Monteiro
  • 10 de set.
  • 3 min de leitura

Especialista destaca que a exaustão reduz reflexos, tempo de reação e multiplica os riscos de acidentes fatais nas estradas


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De acordo com um levantamento realizado pela Denox, em parceria com a MedNet, foi estimado que 60% das situações de perigo em rodovias no Brasil têm como causa principal o cansaço dos motoristas. O dado reforça a preocupação com caminhoneiros e condutores de longa distância, que enfrentam jornadas extensas, pressão por prazos e pausas insuficientes para descanso. Embora a Lei 13.103/2015 estabeleça períodos mínimos de parada e repouso, especialistas alertam que apenas a legislação não basta: a prevenção depende de hábitos saudáveis, planejamento das rotas e de uma cultura que priorize a segurança.

 

Segundo Facchini, consultor de melhoria de processos e gestão de segurança na mobilidade do CEPA, a fadiga no volante é resultado de um conjunto de fatores que comprometem corpo e mente. “Quando o motorista não consegue realizar pausas regulares ou tem a qualidade do sono prejudicada, o organismo perde a capacidade de sustentar níveis adequados de atenção e concentração. Monotonia da estrada, alimentação inadequada e falta de hidratação também aceleram esse processo”, explica.

 

No caso de empresas que atuam com frotas de veículos, o papel do gestor é fundamental. Cabe a ele incentivar boas práticas e criar uma cultura que valorize o descanso como parte da segurança.

 

“É importante que os responsáveis pela frota promovam ações educativas sobre cansaço e fadiga, além de estabelecer medidas de monitoramento e controle. Muitas vezes, mesmo orientados, os condutores insistem em prolongar a jornada ou assumir o volante sem o devido repouso, colocando em risco a própria vida e a de todos os participantes do trânsito”, alerta.

 

Entre os sinais mais comuns de cansaço estão sonolência constante, bocejos frequentes, dificuldade de concentração, lapsos de memória, perda de coordenação motora e atraso nas reações a situações repentinas do tráfego. “Se o condutor identifica qualquer um desses sintomas, deve interromper a viagem e descansar. Persistir ao volante nessa condição pode transformar uma ocorrência evitável em um acidente grave ou fatal”, alerta Facchini.

 

Além do cumprimento da lei, o especialista destaca a importância de adotar práticas de saúde e bem-estar. “Dormir entre 7 e 8 horas por noite, manter uma alimentação leve, hidratar-se constantemente e realizar paradas rápidas de 5 à 15 minutos a cada duas ou três horas de viagem para movimentar o corpo, são atitudes que reduzem significativamente o risco. Também é essencial evitar substâncias que prejudiquem o foco, como álcool ou o excesso de cafeína”, orienta.

 

O desafio, no entanto, não recai apenas sobre o motorista. As empresas de transporte têm papel fundamental na prevenção. “Planejamento de rotas, prazos realistas e uso de tecnologias que monitoram tempo de direção são medidas que equilibram produtividade e segurança. Além disso, programas de saúde ocupacional, com acompanhamento médico e psicológico, ajudam a reduzir a pressão e o estresse”, reforça Facchini.

 

Para o especialista, tratar a fadiga como responsabilidade individual é um equívoco. “Estamos diante de um problema coletivo de saúde pública. Um motorista cansado não coloca em risco apenas a própria vida, mas também a de todos que circulam na estrada. Por isso, a discussão precisa envolver empresas, sindicatos, órgãos reguladores e a sociedade como um todo. A segurança no trânsito começa com a consciência de que descansar é tão essencial quanto entregar a carga”, conclui. CEPA MOBILITY

Com mais de 30 anos de experiência em evitar acidentes, salvar vidas e reduzir custos, o CEPA Mobility é referência e líder nas Américas em soluções de Segurança e Eficiência Operacional no Trânsito e Transporte. Fundada em 1987 no Uruguai, a empresa oferece soluções integradas de capacitação, consultoria e gestão de dados para frotas de veículos leves, pesados, utilitários, empilhadeiras, ônibus, vans e transporte de cargas perigosas.

Seus programas atendem empresas nacionais e multinacionais de diversos setores e portes, com atuação consolidada em cinco continentes.O CEPA está habilitado a emitir o certificado GDC (Global Standards Certification), reconhecido mundialmente pela excelência na formação e qualificação de profissionais de mobilidade. Para mais informações, entre em contato pelo telefone (12) 98842-1491 ou acesse www.cepamobility.com.br.

 

 
 
 

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